sábado, 25 de dezembro de 2010

NÃO HAVIA LUGAR PARA ELES NAS HOSPEDARIAS!



















Não Havia Lugar para Eles nas Hospedarias

Quem é pai sabe muito bem a angústia que deve ter se passado no coração do patriarca São José, quando procurou um lugar para que sua divina esposa pudesse dar à luz o tão esperado Filho de Deus, o Messias prometido. Não havia lugar para eles nas hospedarias, nem nas estalagens; todas estavam inapelavelmente lotadas, com as portas cerradas, num repetitivo e impiedoso não de porta a porta.

O que fazer? Deve ter pensado aquele que a própria Palavra proclamou como homem justo. Que angústia! Que desespero! Não poderia o Filho nascer no meio da rua. A um certo instante, pela mão da Providência, alguém sugere o estábulo, local onde ficam os animais; lugar rústico, mas que se fez acolhedor diante daquela realidade indiferente e egoísta.

E foi justamente ali, no meio dos animais - aqueles mesmos ditos irracionais e inferiores - que o Filho de Deus encontrou as portas abertas; e ali nasceu, na mais esplêndida noite que a espécie humana já testemunhou; não na glória que costumava dourar os berços da nobreza, mas na humildade que notabiliza as almas agradáveis a Deus.

Os céus vibravam. Anjos cantavam: - Glória a Deus no mais alto dos Céus, e paz na Terra aos homens de boa vontade! Pastores em correria desatinada buscavam a manjedoura daquele que vinha - e, de fato, veio - para resgatar a estirpe humana do mais avassalador de todos os grilhões, o pecado. Reis do oriente, os astrólogos, se prostravam diante do Deus humanado, e O adoravam, ao passo em que o presenteavam com as riquezas da época: ouro, incenso e mirra.

Todos sabem esta história. Todos nós sabemos o real significado do NATAL.

Mas por que não entendemos a real causa pela qual aqueles instantes que antecederam o nascimento do Divino Mestre se projetam no tempo até os dias de hoje?

Nossos corações são, na verdade, como aquelas hospedarias.

 Estamos ocupados e lotados de tantas coisas que, quando o Menino bate à porta, simplesmente arranjamos uma desculpa qualquer e O mandamos embora. Não temos tempo; estamos ocupados; temos isso, isso, e aquilo para fazer.

O orgulho e as conquistas transitórias do mundo nos são mais atrativas, e sugam todas as nossas energias.

Servimos ao mundo com grande ânsia, em troca de sua breve glória, porém não temos tempo para Deus,
não temos tempo para ornar nosso coração como uma manjedoura para acolher o Deus Menino, prêmio máximo da alma bem-aventurada.

A Palavra de Deus se projeta no tempo.

Do mesmo modo que Jesus foi rejeitado por muitos na época de seu nascimento, também o é no presente, pois estamos sempre com pressa, sempre ocupados, sempre preocupados, sempre agitados e inadvertidamente distraídos.

E Ele vem, quer nascer de novo, nos nossos corações...

É por isso que os pobres têm mais facilidade para crer, e para depositar em Deus as suas alegrias, esperanças e tristezas. - Deus é tudo para nós! Dizem eles, com o coração cheio de esperança.

Eles são como a gruta de Belém, como a manjedoura. Eles acolhem Deus com alegria; escolhem da vida o que ela tem de melhor, a eternidade; e o que eles escolheram não lhes será tirado. E olhem que não estou falando de pobre no sentido material, pois um rico que rejeita a Deus é o mais indigente dos seres humanos.

Por isso, convido a todos os participantes do grupo de oração, e também todos os que eventualmente vierem a visitar o nosso Blog, a ornar e preparar o coração com ternura e simplicidade, virtudes que, aliás, devem ornar a nossa vida.

Mande o orgulho embora! Livre-se da soberba! Acolha o Cristo Menino, pois - como se sabe - na vida tudo passa, somente Deus é para sempre...

Seja tão simples e acolhedor como a Gruta de Belém, para que o Cristo, quando vier, venha junto com o Pai, e em você façam morada.

Assim, sua alegria estará em Deus, e será completa.

Tenham todos um abençoado Natal e um ano novo cheio de saúde, paz e presença de Deus.

Fraterno abraço.


Orações de Santa Faustina. A Secretária da Divina Misericórdia.


FRUTOS DA ORAÇÃO
(O DIÁRIO de santa Irmã Faustina)

"É pela oração que a alma se arma para toda espécie de combate. Em qualquer estado em que se encontre, a alma deve rezar. Tem que rezar a alma pura e bela, porque de outra forma perderia a sua beleza; deve rezar a alma que está buscando essa pureza, porque de outra forma não a atingiria; deve rezar a alma recém-convertida, porque de outra forma cairia novamente; deve rezar a alma pecadora, atolada em pecados, para que possa levantar-se. E não existe uma só alma que não tenha a obrigação de rezar, porque toda a graça provém da oração"
(Diário, 146).

"...a alma deve ser fiel à oração, apesar dos tormentos, da aridez e das tentações, porque em grande parte e principalmente de uma oração assim depende, às vezes, a concretização de grandes desígnios de Deus. E, se não perseveramos nessa oração, transtornamos o que Deus queria realizar através de nós, ou em nós. Que toda alma se lembre destas palavras: E, estando em agonia, rezou mais longamente"
(Diário, 872).

"A paciência, a oração e o silêncio — eis o que fortalece a minha alma. Há ocasiões em que a alma deve calar-se e não lhe convém conversar com as criaturas. São momentos em que não está satisfeita consigo mesma (...) nestes momentos vivo exclusivamente pela fé..." (Diário, 944).

"O silêncio é como a espada na luta espiritual (...) A alma recolhida é capaz da mais profunda união com Deus, ela vive quase sempre sob a inspiração do Espírito Santo. Deus opera sem obstáculo na alma silenciosa" (Diário, 477).

"Devemos rezar, muitas vezes, ao Espírito Santo pedindo a graça da prudência.
A prudência compõe-se de: ponderação, consideração inteligente e propósito firme. Sempre a decisão final pertence a nós" (Diário, 1106).


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"O próprio Senhor me estimula
a escrever orações e hinos sobre a Sua misericórdia..." (Diário, 1593).

"Desejo que conheças mais a fundo o Meu amor, de que está inflamado o Meu Coração pelas almas, e compreenderás isso quando refletires sobre a Minha Paixão. Invoca a Minha misericórdia para com os pecadores, pois desejo a salvação deles. Quando de coração contrito e confiante rezares essa oração por algum pecador, Eu lhe darei a graça da conversão. Esta pequena prece é a seguinte:
— Ó Sangue e Água que jorrastes do Coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, eu confio em Vós" (Diário, 187).

ORAÇÕES DE SANTA IRMÃ FAUSTINA

"Amor Eterno, chama pura, ardei sem cessar no meu coração e divinizai todo o meu
ser de acordo com a Vossa eterna predileção, pela qual me chamastes à existência
e convocastes à participação na Vossa felicidade eterna" (Diário, 1523).

"Ó Deus misericordioso, que não nos desprezais, mas nos cumulais sem cessar com as Vossas graças! Vós nos tornais dignos do Vosso Reino e, em Vossa bondade, preencheis com homens os lugares deixados pelos anjos ingratos. Ó Deus de grande misericórdia, que afastastes o Vosso santo olhar dos anjos revoltados e o voltastes para o homem contrito, seja dada honra e glória à Vossa insondável misericórdia" (Diário, 1339).

"Ó Jesus estendido na cruz, suplico-Vos, concedei-me a graça de sempre, em toda parte e em tudo cumprir fielmente a Santíssima vontade de Vosso Pai. E, quando essa vontade de Deus me parecer penosa e difícil de cumprir, então suplico-Vos, Jesus, que das Vossas Chagas desça para mim força e vigor, e que a minha boca repita: Seja feita a Vossa vontade, Senhor. (...) Jesus cheio de compaixão, concedei-me a graça de me esquecer de mim mesma, a fim de viver inteiramente para as almas, ajudando-Vos na obra da salvação, segundo a santíssima vontade de Vosso Pai..." (Diário, 1265).
"Desejo transformar-me toda em Vossa misericórdia, para tornar-me o Vosso reflexo vivo, ó meu Senhor! Que a Vossa misericórdia, que é insondável e de todos os atributos de Deus o mais sublime, se derrame do meu coração e da minha alma sobre o próximo.
Ajudai-me, Senhor, para que os meus olhos sejam misericordiosos, de modo que eu jamais suspeite nem julgue as pessoas pela aparência externa, mas perceba a beleza interior dos outros e possa ajudá-los.
Ajudai-me, Senhor, para que os meus ouvidos sejam misericordiosos, de modo que eu esteja atenta às necessidades dos meus irmãos e não me permitais permanecer indiferente diante de suas dores e lágrimas.
Ajudai-me, Senhor, para que a minha língua seja misericordiosa, de modo que eu nunca fale mal dos meus irmãos; que eu tenha para cada um deles uma palavra de conforto e de perdão.
Ajudai-me, Senhor, para que as minhas mãos sejam misericordiosas e transbordantes de boas obras, nem se cansem jamais de fazer o bem aos outros, enquanto, aceite para mim as tarefas mais difíceis e penosas.
Ajudai-me, Senhor, para que sejam misericordiosos também os meus pés, para que levem sem descanso ajuda aos meus irmãos, vencendo a fadiga e o cansaço (...)
Ajudai-me, Senhor, para que o meu coração seja misericordioso e se torne sensível
a todos os sofrimentos do próximo. (...)
Ó meu Jesus, transformai-me em Vós, porque Vós tudo podeis" (Diário, 163).

"Rei de Misericórdia, guiai a minha alma" (Diário, 3).

"Ó Jesus, Deus eterno, agradeço-Vos pelas Vossas inúmeras graças e benefícios. Que cada batida do meu coração seja um novo hino de ação de graças para Convosco, ó Deus! Que cada gota do meu sangue circule por Vós, Senhor. A minha alma é um só hino de adoração da Vossa misericórdia. Amo-Vos, Deus, por Vós mesmo"
(Diário, 1794).

"Ó Jesus, desejo viver o momento presente, viver como se este dia fosse o último da minha vida: aproveitar cuidadosamente cada momento para a maior glória de Deus; fazer uso de cada circunstância, de tal maneira, que a alma possa tirar proveito. Olhar para tudo do ponto de vista de que nada suceda sem a Vontade de Deus. Deus de insondável misericórdia, envolvei o mundo todo e derramai-Vos sobre nós, pelo compassivo Coração de Jesus" (Diário, 1183).

"Ó Deus de grande misericórdia, bondade infinita, eis que hoje a Humanidade toda clama do abismo da sua miséria à Vossa misericórdia, à Vossa compaixão, ó Deus, e clama com a potente voz da sua miséria. Ó Deus clemente, não rejeiteis a oração dos exilados desta Terra. Ó Senhor, bondade inconcebível, que conheceis profundamente a nossa miséria e sabeis que, com nossas próprias forças, não temos condições de nos elevar até Vós, por isso Vos suplicamos: adiantai-Vos ao nosso pedido com a Vossa graça e aumentai em nós sem cessar a Vossa misericórdia, a fim de que possamos cumprir fielmente a Vossa santa vontade durante toda a nossa vida e na hora da morte. Que o poder da Vossa misericórdia nos defenda dos ataques dos inimigos da nossa salvação, para que aguardemos com confiança, como Vossos filhos, a Vossa vinda última, dia que somente Vós conheceis..." (Diário, 1570).


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LADAINHA DA DIVINA MISERICÓRDIA
O AMOR DE DEUS É A FLOR - E A MISERICÓRDIA O FRUTO

Que a alma que desconfia leia estes louvores da misericórdia e torne-se confiante.
Misericórdia Divina, que brota do seio do Pai, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, atributo máximo de Deus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mistério inefável, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte que brota do mistério da Santíssima Trindade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nenhuma mente, nem humana nem angélica pode perscrutar,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, da qual provém toda a vida e felicidade, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, mais sublime do que os Céus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de milagres e prodígios, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que envolve o universo todo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desce ao mundo na Pessoa do Verbo Encarnado, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que brotou da chaga aberta do Coração de Jesus, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, encerrada no Coração de Jesus para nós e sobretudo para os pecadores,
eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, imperscrutável na instituição da Eucaristia, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na instituição da Santa Igreja, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, no sacramento do Santo Batismo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na nossa justificação por Jesus Cristo, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha por toda a vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos envolve de modo particular na hora da morte, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos concede a vida imortal, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos acompanha em todos os momentos da vida, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos defende do fogo do Inferno, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na conversão dos pecadores endurecidos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, enlevo para os anjos, inefável para os Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, insondável em todos os mistérios divinos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que nos eleva de toda miséria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, fonte de nossa felicidade e alegria, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que do nada nos chama para a existência, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que abrange todas as obras das Suas mãos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que coroa tudo que existe e que existirá, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, na qual todos somos imersos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, doce consolo para os corações atormentados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, única esperança dos desesperados, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, repouso dos corações, paz em meio ao terror, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, delícia e êxtase dos Santos, eu confio em Vós.
Misericórdia Divina, que desperta a confiança onde não há esperança, eu confio em Vós.

Ó Deus eterno, em quem a misericórdia é insondável e o tesouro da compaixão  é inesgotável, olhai propício para nós e multiplicai em nós a Vossa misericórdia, para que não desesperemos nos momentos difíceis, nem esmoreçamos, mas nos submetamos com grande confiança à Vossa santa vontade, que é Amor e a própria Misericórdia" (Diário, 949).

sábado, 18 de dezembro de 2010

A Grande Tentação de Cristo!




Prezados amigos do Grupo Água Viva. Estimados irmãos em Cristo Jesus Senhor Nosso.

Eu estava esperando o momento mais oportuno para publicar este texto, que há muito vem povoando minha imaginação, e que não me deixa sossegar enquanto não obedeço a tão vistosa inspiração.

Você bem sabe que Jesus esteve entre os homens, de modo público e visível para todos. Durante 33 anos, permaneceu no mundo de maneira que pudesse ser visto e sentido por qualquer pessoa, seja boa ou má, fiel ou agnóstica (ateu). Nesse período, Jesus passou por muitas provações, foi perseguido e ameaçado. A espada, o ódio e a intolerância o cercaram inúmeras vezes.

Mas o meu objetivo é falar hoje sobre as tentações que Jesus sofreu, fazendo expressa menção aos momentos que sucederam o batismo nas águas do Rio Jordão, a agonia no Horto e o suplício na Cruz.

Logo após Jesus receber o batismo de João, dirigiu-se ao deserto onde jejuou durante 40 dias. Após, foi tentado pelo demônio, que lhe sugeriu, de modo simplificado, três tipos de tentação: 1) o “TER” (o demônio ofereceu todos os reinos do mundo); 2) o “PRAZER” (o desafio contra Deus, ou atitude de pôr Deus à prova, ou abusar de sua complacência e misericórdia, comportando-se de modo imprudente, imoral e inconveniente); e 3) o “PODER” (o demônio instigou Jesus a transformar pedras em pães).

Na Horto das Oliveiras, o demônio procurava de todas as formas convencer Jesus que seu sacrifício seria em vão, pois a humanidade não dava a mínima importância para a Salvação. Jesus, porém, fez-se obediente ao Pai e disse com decisão e firmeza: “Pai seja feita a tua vontade.” Aqui, o tentador tentou evitar que Jesus aceitasse a Cruz (leia-se: sofrimentos da dolorosa Paixão).

Na Cruz, quando Jesus estava crucificado, já em agonia por causa dos atrozes sofrimentos, passou a ser ultrajado pelos seus inimigos, os quais gritavam: “Se és o Filho de Deus, desça da Cruz, e acreditaremos.”.

Você percebe? Até nessa hora o demônio atiçou seus colaboradores a tentarem Jesus, provocando o Divino Mestre, tentando subjugá-lo a descer da Cruz.

Ai de nós se ele tivesse descido!!!!

Esta foi A Grande Tentação de Cristo, renunciar a Cruz, e descer dela. Nosso Senhor fez-se mais uma vez obediente ao Pai, e, até à morte, permaneceu na Cruz.

Nesse momento, Jesus ganhou a salvação para todos nós.

Eu quis muito deixar isso escrito, pois hoje, no mundo, especialmente no Brasil, estão sendo apresentadas, criadas e espalhadas inúmeras seitas e sedizentes religiões, as quais oferecem às pessoas exatamente isso: “A RENÚNCIA À CRUZ” ou “A NEGAÇÃO DA CRUZ”. São as seitas de consumo, estilo: “SEUS PROBLEMAS ACABARAM!”. São um “shopping de ilusões”, isso sim, que vendem uma idéia errada, com ditas vantagens ou facilidades, mas com graves conseqüências no plano espiritual.

Quem busca solução fácil para os problemas, longe de Deus e da ciência (medicina), cai facilmente nas armadilhas do maligno, que detesta a Cruz, pois é na Cruz que o homem se torna imitação de Cristo, e quão mais e melhor imitar o Senhor na Cruz, mais parecido o será com Ele na Glória do Céu.

Portanto, saiba! A grande tentação de Cristo foi o desafio ou a instigação para “descer da Cruz”.

Ai de nós se Ele tivesse descido.

A grande tentação do cristão moderno também é essa: “Descer da Cruz” e desistir de carregá-la, e ai de quem renuncia à Cruz e dela desiste, pois não encontrará o caminho do Paraíso.

Por último, observo que Jesus mostrou o caminho para o Céu como sendo o caminho da Cruz; ou seja, é pela Cruz que se chega ao Céu. Se houvesse alguma rota alternativa, Ele teria mostrado, com palavras e exemplos. Portanto, se a Cruz é o único caminho, não desista dela, carregue-a com amor, paciência e mansidão, e, após, permaneça nela, em obediência ao Pai, até que Ele ache oportuno dar-lhe o devido descanso e a coroa merecida.

A todos a Paz de Jesus e o Amor de Maria, a Santíssima Virgem, Mãe de Deus.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O QUE É DEVOÇÃO À DIVINA MISERICÓRDIA?


O testemunho de vida e a missão de Santa Faustina indicam nosso dever de proclamar e introduzir, em nossas vidas, a oração e o mistério da misericórdia.

Helena Kowaslka nasceu no ano de l905, na Polônia. Desde pequena, teve inclinação para a oração e para o trabalho. Aos vinte anos, entrou para a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, na qual passou os treze últimos anos de sua vida, e passou a chamar-se, após os votos, Maria Faustina. Os anos de sua vida religiosa foram marcados por sofrimentos e, ao mesmo tempo, por graças místicas. O Senhor concedeu a ela dons extraordinários, como: visões, aparições, participação na Paixão de Cristo, união mística e o conhecimento do mistério da Sua Misericórdia. A ela o Senhor revelou: “No antigo testamento enviei ao meu povo os profetas. Hoje mando à humanidade a minha misericórdia. Não quero punir a humanidade que sofre com o pecado, mas desejo guiá-la e trazê-la ao Meu coração misericordioso”.

João Paulo II escreveu:Cristo chamou Santa Faustina a um grande apostolado da misericórdia, em meados da Segunda Guerra mundial. Santa Faustina tinha consciência da importância da mensagem que havia recebido de Cristo, porém, não podia saber quando a mesma seria difundida no mundo. Em nossos tempos, o mundo carece da misericórdia de Deus. A mensagem é um forte chamado à confiança viva: “Jesus, eu confio em Vós”. É difícil encontrar oração mais expressiva do que esta, transmitida por Santa Faustina”.

Santa Faustina, consumida pela tuberculose, aceitou todo o seu sofrimento como sacrifício pelos pecadores. Morreu em Cracóvia, no dia 5 de outubro de l938, com 33 anos.

No segundo Domingo da Páscoa, em 18 de abril de 1993, o papa João Paulo II, na Praça de São Pedro, em Roma, a elevou à glória dos altares.

O DOMINGO DA MISERICÓRDIA

Jesus comunica a Santa Faustina o Seu firme desejo: “Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Sim, o primeiro Domingo depois da Páscoa é a FESTA DA MISERICÓRDIA”.

Por que esse ardente desejo de Jesus de que seja celebrada a Festa da Misericórdia?

Jesus deseja esta Festa, porque Ele ama os pecadores com misericórdia infinita. A festa da Misericórdia é a Festa de Cristo Ressuscitado. É a festa do amor compassivo de Deus para conosco manifestado através de Jesus.

Jesus veio ao mundo para dizer a todos que Deus Pai, nos ama infinitamente e a todos quer salvar.

Em maio de 2000, João Paulo II instituiu a Festa da Divina Misericórdia para toda a Igreja, decretando que a partir de então o II Domingo da Páscoa passasse a se chamar DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA.

Jesus promete: “Neste dia, estão abertas as entranhas da minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das penas e culpas. Neste dia, estão abertas todas as comportas divinas pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de mim”.
Neste dia tão especial, podemos receber indulgências (Remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados). A indulgência é parcial ou plenária, conforme liberar parcial ou totalmente da pena devida pelos pecados. Todos os fiéis podem adquirir indulgências para si mesmos ou aplicá-las aos defuntos.

Condições para se conseguir indulgências na FESTA DA MISERICÓRDIA:

Indulgência Plenária:

1-confissão sacramental;

2-comunhão eucarística no dia da Festa;

3-orações segundo a intenção do papa: Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.

Indulgência Parcial:

Ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas.

DEVOÇÃO À IMAGEM

Jesus disse a Faustina: “Pinta uma imagem de acordo com o desenho que estás vendo, com a legenda: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que esta imagem seja venerada primeiramente na capela das irmãs e depois no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a vitória sobre o inimigo, especialmente na hora da morte. Eu próprio a defenderei com Minha glória”

“Esses dois raios significam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a água, que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue, que é vida das almas. Ambos os raios saíram das entranhas de Minha Misericórdia quando, na cruz, o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança. Esses raios defendem as almas da ira de Meu Pai. Feliz quem viver à Sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus. Desejo que o primeiro domingo, depois da Páscoa, seja a Festa da Misericórdia”.

“Ofereço aos homens um vaso com a qual devem vir buscar graças na Fonte de Misericórdia. O vaso é esta própria imagem com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós! Quero que esta imagem, que pintarás com o pincel, seja benta solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia”.

Neste dia podemos levar imagens e quadros para serem abençoados pelo sacerdote.

A HORA DA MISERICÓRDIA:

Jesus pediu a Faustina e por meio dela a todo mundo que veneremos Sua Paixão e Morte às três horas da tarde, hora em que morreu na cruz. Suas palavras foram:

“Às três horas da tarde, implora à Minha Misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é a Hora de grande misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei a alma que me pedir pela Minha paixão. Lembro-te, minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Implora a onipotência dela em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque neste momento foi largamente aberta para toda a alma. Nesta hora conseguirás tudo para ti e par os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo o mundo: a misericórdia venceu a justiça”.

Oração para as três horas da tarde

Expiraste Jesus, mas vossa morte fez brotar um manancial de vida para as alma e o oceano de Vossa misericórdia inundou o mundo. Ó fonte de vida, insondável misericórdia divina, abraça o mundo inteiro derramando sobre nós até Vossa última gota de sangue.
O Sangue e Água que jorraste do coração de Jesus como fonte de misericórdia para nós, EU CONFIO EM VÓS!

Neste domingo da Misericórdia Jesus nos convida a abrirmos os nossos corações à Sua infinita misericórdia:

“Diz às almas que não impeçam a entrada da Minha misericórdia nos seus corações, pois Ela deseja tanto agir neles. A Minha misericórdia trabalha em todos os corações que lhe abrem as suas portas. E tanto o pecador como o justo necessitam da Minha misericórdia. A conversão e a perseverança são uma graça da Minha misericórdia”.

Em resposta podemos dizer: eu abro as portas do meu coração, te dou livre acesso. Pois com teu braço forte, realizas prodígios. Pois com Teu braço forte, Senhor me ergues do chão.

Com confiança podemos dizer:

Jesus, fonte de milagres e prodígios, EU CONFIO EM VÓS!



domingo, 12 de dezembro de 2010

Dia 12 de dezembro - Dia de Nossa Senhora de Guadalupe, A Padroeira da América Latina.

História da Aparição


Relato das Aparições de Nossa Senhora de Guadalupe a São João Diego (Juan Diego), indigena azteca, ocorridas do 9 ao 12 de dezembro de 1531.

Primeira Aparição:

Era sábado, muito de madrugada, quando João Diego vinha depois da missa cumprir seus deveres em Tlatilolco.

Ao chegar junto ao monte chamado Tepeyacac, amanhecia; e ouviu cantar acima do cerro; assemelhava o canto de vários pássaros.

Seu canto, muito suave e deleitoso, sobrepassava ao do coyoltoutotl e do tzinizcam e de outros pássaros lindos que cantam.

Parou João Diego, para ver e disse para si: "Por ventura sou digno do que ouço?, talvez sonho?, Me levanto de dormir?, Onde estou?, Acaso no paraíso terreno, que deixaram os antepassados?, Acaso já no céu?"

Estava vendo até o oriente, acima do monte, de onde procedia ao precioso canto celestial.

E assim que cessou repentinamente e se fez o silêncio, ouviu que lhe chamavam de acima do monte e lhe diziam: "Juanito, João Dieguito."

Logo se atreveu a ir aonde lhe chamavam. Não se assutou, ao contrário, muito contente, foi subindo o monte, para ver de onde lhe chamavam.

Quando chegou ao cume viu a uma Senhora, que estava ali de pé e que lhe disse que se aproximasse.

Chegado a sua presença, se maravilho muito de sua sobre-humana grandeza: sua veste era radiante como o sol. As plantas e diferentes ervas pareciam de esmeralda, espinhos brilhavam como o ouro.

Se inclinou diante dEla e ouviu sua palavra, muito suave e delicada, de quem ama e estima muito.

Ela lhe disse: "Juanito, o menor de meus filhos, [de] onde vens?"

Ele respondeu: "Senhora e Rainha minha, acabo de chegar da casa divina, de seguir as coisas divinas, que nos dão e ensinam nossos sacerdotes, delegados de nosso Senhor".

Ela logo lhe falou e lhe mostrou sua santa vontade.

Lhe disse:

"Sabe e tem entendido, tu o menor de meus filhos, que eu sou a sempre Virgem Maria, Mãe do verdadeiro Deus por quem se vive: Ao criador tudo pertence: Senhor do céu e da terra. Desejo vivamente que se construa aqui um templo, para nele mostrar e dar todo meu amor, compaixão, auxílio e defesa, pois eu sou vossa piedosa Mãe, a ti, a todos vocês juntos os moradores desta terra e aos demais amados meus que me invoquem e em mim confiem; Ouvirei ali seus lamentos e remediar todas as suas misérias, penas e dores. E para realizar o que minha clemência pretende, vai ao palácio do Bispo do México e lhe dirás como eu te envio a manifesta-lhe o que desejo, que aqui me edifique um templo: lhe contarás pontualmente tudo quanto tens visto e admirado, e o que tens ouvido. Tem por seguro que te agradecerei bem e o pagarei, porque te farei feliz e merecerás muito que eu recompense o trabalho e fatiga com que vais procurar o que te encomendo. Olha que já tens ouvido minha ordem filho meu, o menor, anda e põe todo teu esforço."




João Diego respondeu: "Senhora minha, já vou a cumprir tua ordem; por agora me despeço de ti, eu teu humilde servo."

Segunda Aparição:

Havendo entrado na cidade, João Diego se foi ao palácio do Bispo que se chamava Frei João de Zumárraga, religioso de São Francisco.

Quando chegou rogou ao criados que fossem o anunciar. E passado um bom tempo, vieram a chamá-lo, pois havia mandado o senhor Bispo que entrasse.

Logo que entrou, lhe deu o recado da Senhora do Céu; e também lhe disse quanto admirou, viu e ouviu.

Depois de ouvir toda sua narração e seu recado, pareceu não dar-lhe crédito.

O Bispo lhe respondeu: "Outra vez virás, Filho meu, e te ouvirei mais tempo; o vi desde o princípio e pensarei na vontade e desejo com que ten vindo."

João Diego saiu e sentiu muito triste, porque de nenhuma maneira se realizou sua mensagem.

No mesmo dia voltou e contou com a Senhora do Céu, que lhe estava aguardando, ali mesmo onde lhe viu a primeira vez:

"Senhora, Rainha minha, fui aonde me enviaste a cumprir teu mandato, o vi e contei tua mensagem, assim como me ordenaste; Me recebeu benignamente e me ouviu com atenção; mas por quanto não me respondeu, pareceu que não teve certeza."

Disse-me: "Outra vez virás, te ouvirei com mais tempo, vi desde o princípio o desejo e vontade com que tens vindo. Compreendi perfeitamente na maneira que me respondeu que pensa que é talvez invenção minha que tua queiras que aqui te façam um templo e que acaso não é da ordem tua; Pelo que te rogo encarecidamente, Senhora e Rainha minha, que a alguns dos importantes, ou conhecidos e respeitados e estimados, lhe encarregues que leve tua mensagem, para que lhe creiam; porque eu sou sou um homenzinho, sou um cordel, sou uma escada de tabuas, sou pó, sou folha, sou gente miúda, e teu, Rainha minha, o menor de teus filhos, Senhora, me envias a um lugar por onde não ando e onde não paro. Perdoa-me que te cause tristeza e caia em teu desprezo, Senhora e Dona minha."

Respondeu-lhe a Santíssima Virgem:

"Ouve, Filho meu, mais pequeno, tem entendido que são muitos meus servidores e mensageiros a quem posso encarregar que levem minha mensagem e façam minha vontade; Mas é preciso que tu mesmo solicites e ajudes e que com tua mediação se cumpra minha vontade. Muito te rogo, filho meu, o mais pequeno, e com rigor te mando, que outra vez irás ver ao Bispo. Dai-lhe meu nome e faça-o saber por inteiro minha vontade: que tem que por por obra o templo que lhe tenho pedido. E outra vez diga que eu em pessoa, a sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, te envia."

Respondeu João Diego: "Senhora e Rainha minha, não te cause eu aflição; de muito boa vontade irei cumprir teu mandato; de nenhuma maneira deixarei de fazê-lo nem tenho por penoso o caminho. Irei a fazer tua vontade, mas acaso não serei ouvido com agrado; ou se fosse ouvido, talvez não me crerá. Amanha a tarde quando se ponha o sol virei a dar resposta a tua mensagem, com o que me responda o prelado. Já me despeço, minha Rainha e Senhora. Descansa entretanto". Logo foi ele a descansar em sua casa.


Terceira Aparição:

Ao dia seguinte, domingo muito de madrugada, saiu de sua casa e foi instruir-se das coisas divinas e estar presente na missa para ver em seguida ao prelado.

Quase às dez, se apresentou, depois de que ouviu Missa e se dispersaram as pessoas. Foi João Diego ao palácio do senhor Bispo.

Apenas chegou, fez todo empenho para ver-lo: outra vez com muita dificuldade o viu; se ajoelhou a seus pés; entristeceu-se e chorou ao contar o mandato da Senhora do Céu, que talvés não cresse em sua mensagem e a vontade da Imaculada de erigir seu templo onde manifestou que o queria.

O Senhor Bispo, para certificar-se lhe perguntou muitas coisas, onde a viu e como era; e ele contou tudo perfeitamente ao senhor Bispo.

Mais ainda que explicou com precisão a figura dela e quanto havia visto e admirado, que em todo se descobria ser ela a sempre Virgem Santíssima Mãe do Salvador Nosso Senhor Jesus Cristo;

Sem dúvida, o Bispo não lhe deu crédito e disse que não somente por seu discurso e solicitude se havia de fazer o que pedia; que, além do que, era muito necessário algum sinal para que pudesse crer que lhe enviava a mesma Senhora do Céu.

Assim que o ouviu disse João Diego ao Bispo: "Senhor, olhai qual tem de ser a sinal que pedes; que logo irei a pedir a Ela, a Senhora do Céu que me enviou aqui."

Vendo o Bispo que aceitava a tudo sem duvidar nem retratar nada, o mandou embora. Mandou imediatamente umas pessoas de sua casa, em quem podia confiar, que lhe seguissem e descobrissem aonde ia e a quem via e falava.

Assim se fez. João Diego caminhava na estrada; os que vinham atras dele, onde passa a barranca, perto do poente do Tepeyacac, lhe perderam; e ainda que mais buscassem por todas as partes, em nenhuma lhe viram.

Assim é que se regressaram, não somente porque se fastigaram, mas sim também porque lhes estorvou seu intento e lhes deu enjôo.

Entretanto, João Diego estava com a Santíssima Virgem, contando-lhe a resposta que trazia do senhor Bispo; que foi ouvida pela Senhora e lhe disse:

"Bem está filhinho meu, voltarás aqui amanhã para que leves ao Bispo o sinal que te tem pedido; com isto te creerá e acerca de isto já não duvidará, nem de ti suspeitará; e sabe, filhinho meu, que eu te pagarei teu cuidado e o trabalho e cansaço que por mim tens empreendido; vai agora, que amanhã aqui te aguardo."

Quarta Aparição:

No dia seguinte, segunda-feira, quando tinha que levar João Diego algum sinal para ser acreditado, já não voltou.

Porque quando chegou a sua casa, um tio que tinha, chamado João Bernardino, havia tido uma enfermidade,e estava muito grave.

Primeiro foi a chamar a um médico e lhe auxiliou; mas já não dava tempo, já estava muito grave.

Pela noite, lhe rogou seu tio que de madrugada saisse e fosse a Tlatilolco a chamar a um sacerdote, que queria confessar-se, porque estava muito certo de que era tempo de morrer e que já não se levantaria nem ficaria curado.

Na terça, muito de madrugada, foi João Diego de sua casa a Tlatilolco a chamar ao sacerdote; e quando vinha chegando ao caminho que sai junto a ladeira do monte do Tepeyacac, até o poente por onde tinha costume de passar, disse: "Se me vou direto, não irei ver a Senhora, e em todo caso que me detenha, para que leve o sinal ao prelado, segundo me pediu; Que primeiro nossa aflição nos deixe e primeiro chame eu depressa ao sacerdote; o pobre de meu tio o está certamente aguardando." logo deu volta ao monte; subiu por entre ele e passou ao outro lado, até o oriente, para chegar logo ao México e não o deteve a Senhora do Céu. Pensou que por onde deu a volta não podia ver-lhe.

A viu descer do cume do monte e que esteve olhando até onde antes ele a via.

Saiu a seu encontro a um lado do monte e lhe disse: "Que fazes, Filho meu, o menor? Aonde vais?". Ficou com pena dele um pouco, ele teve vergonha, ou se assustou.

Se inclinou diante dEla e a saudou, dizendo:

"Rainha minha, Senhora, desejo que estejas contente. Como tens amanhecido?, Estás bem de saúde, Senhora e Rainha minha? Vou causar te aflição: sabe, Rainha minha, que está muito mau um pobre servo teu, meu tio: lhe tem dado a peste, e está para morrer. Agora vou rápido a tua casa do México a chamar a um dos sacerdotes amados de nosso Senhor, que o vai confessar; porque desde que nascemos estamos a aguardar o trabalho de nossa morte. Mas vou a faze-lo, voltarei logo outra vez aqui, para ir levar tua mensagem. Senhora e Rainha minha, perdoa-me, tem por agora paciência; não te engano. Filha minha, a mais pequena, amanhã virei a toda pressa." ( A Virgem Santíssima chamava a João de: Filhinho meu, o mais pequeno, em alusão a sua simplicidade, e ele pensando tratar-se de uma saudação disse a Virgem : Filhinha minha, a mais pequena) .
Depois de ouvir a João Diego, respondeu a piedosíssima Virgem:

"Ouve e tem entendido Filho meu, o mais pequeno, que é nada o que te assusta e aflige; não se turbe teu coração; não temas essa enfermidade, nem outra algum enfermidade e angustia. Não estou eu aqui?, Não sou tua Mãe?, Não estás sob minha sombra?, Não sou eu tua saúde?, Não estás por ventura em meu manto?, que mais tem precisarias?. Não te apene nem te inquiete outra coisa; não te aflija a enfermidade de teu tio, que não morrerá agora; está seguro de que sarou." (E então sarou seu tio, segundo depois se soube).

Quando João Diego ouviu estas palavras da Senhora do Céu consolou muito; ficou contente. Rogou-lhe que quanto antes o mandasse a ver ao senhor Bispo, a levar algum sinal e prova, a fim de que cresse.

A Senhora do Céu lhe ordenou logo que subisse a cume do monte, onde antes a via. Disse-lhe:

"Sobe, Filho meu, o mais pequeno, ao cume do monte; ali onde me viste e te dei ordens, acharás que há diferentes flores; corte-as, junte-as, recolha-as; em seguida desce e trazei a minha presença."

Rápido subiu João Diego ao monte. E quando chegou a cume, se assombrou muito de que houvessem brotado várias e maravilhosas rosas de Castila, antes do tempo em que se dão, porque o gelo da estação endurecia o solo.

Estavam muito fragrantes e cheias do orvalho da noite, que se pareciam pedras preciosas.

Logo começo a corta-las; as juntou todas e as colocou em seu peito. O cume do monte não era lugar em que se dessem nenhuma flor, porque tinha muitos pedras, abrolhos, espinhos; só nasciam ervas ralas, então era o mês de dezembro, em que todo o cume começa a perder o gelo.

Desceu imediatamente e trouxe a Senhora do Céu as diferentes flores que foi cortar; Assim a Virgem as colheu com sua mão e as colocou no peito, dizendo-lhe:

"Filho meu, o mais pequeno, esta diversidade de flores são a prova e sinal que levarás ao Bispo. Lhe dirás em meu nome que veja nelas minha vontade e que ele tem que cumprir. Tú és meu embaixador, muito digno de confiança. Rigorosamente te ordeno que apenas diante do Bispo despregues tua manta e descubras o que levas. Contarás bem tudo; dirás que te mandei subir ao cume do monte, que fosse cortar flores, e tudo o que viste e admiraste, para que possas induzir ao prelado que dê sua ajuda, com objetivo de que se faça e erija o templo que tenho pedido."

Depois que a Senhora do Céu lhe deu seu conselho, se pôs a caminho pela estrada que vai direto ao México;

Já contente e seguro de sair bem, trazendo com muito cuidado o que portava em sua manta, alegrava-se na fragrância das variadas e lindas flores.



O milagre da Imagem

Ao chegar João Diego ao palácio do Bispo saíram a seu encontro o mordomo e outros criados do prelado.

Rogou-lhes que lhe dissem que desejava vê-lo; mas nenhum deles quis, fingindo como que não lhe ouviam, seja porque era muito cedo, seja porque já lhe conheciam, que os molestava, porque lhes era inoportuno; além do que já lhes haviam informado seus companheiros que lhe perderam de vista, quando haviam ido em sua perseguição.

Longo tempo esteve esperando João Diego. Como viram que a muito estava ali, de pé, com a cabeça baixa, sem fazer nada, decidiram chamá-lo em todo acaso; além do que, ao parecer trazia algo que portava em seu manto, por isso se acercaram a ele, para ver o que trazia e satisfazer a curiosidade.

Vendo João Diego que não lhes podia ocultar o que trazia, e que por isso lhe haviam de molestar, empurrar e bater, descobriu um pouco que eram flores; e ao ver que todas eram diferentes, e que não era então o tempo em que se davam, se assombraram muitíssimo disto, e mesmo porque estavam muito frescas, e tão abertas, tão fragrantes e tão preciosas.

Quiseram colher e tirar algumas; mas não tiveram sorte as três vezes que se atreveram a tomá-las; porque quando iam colhê-las já não se viam verdadeiras flores, mas sim que lhes pareciam pintadas ou lavradas ou bordadas na manta.

Foram logo dizer ao senhor Bispo o que haviam visto e que pretendia vê-lo o índio que tantas vezes havia vindo; o qual até muito tempo aguardava, querendo vê-lo.

Caiu, ao ouvir isto, o senhor Bispo na conta de que aquilo era a prova, para que se certificasse e cumprisse o que solicitava o índio.

Em seguida mandou que entrasse. Logo que entrou, se humilhou diante dele, assim como antes o fizera, e contou de novo tudo o que havia visto e admirado, e também sua mensagem.

João Diego lhe disse: "Senhor, fiz o que me ordenaste, que fosse a dizer a minha Ama, a Senhora do Céu, Santa Maria preciosa Mãe de Deus, que pedias um sinal para poder crer-me que tens de fazer o templo onde ela te pede que o erijas; e além do que lhe disse que eu te havia dado minha palavra de trazer-te algum sinal e prova, que era de sua vontade. Acolheu a teu recado e fez benignamente o que pedes, algum sinal e prova para que se cumpra sua vontade. Hoje muito cedo me mandou que outra vez viesse a vê-te; lhe pedi o sinal para que me creias, segundo me havia dito que me daria; e de certo o cumpriou; me despachou ao cume do monte, aonde antes já a via, e que fosse a cortar varias flores. Depois que fui a corta-las as trouxe abaixo; Ela as colheu com sua mão e de novo as entregou em meu colo, para que te as trouxesse e a ti em pessoa as desse. Ainda que eu sabia bem que no cume do monte não é lugar para que se dêem flores, porque sou há muitos riscos, abrolhos, espinhos, pedra, nem por isso duvidei. Quando fui chegando ao topo do monte, vi que estava no paraíso, onde havia juntas todas as várias e maravilhosas rosas de castila, brilhantes de orvalho, que logo fui a cortar. Ela me disse por que te as havia de entregar; e assim o faço, para que nelas vejas o sinal que me pedes e cumpras sua vontade; E também para que apareça de verdade de minha palavra e de minha mensagem. Ei-las aqui: recebei-las."

Tirou logo sua manta, pois tinha em seu peito as flores; e assim que se espalharam pelo solo todas as diferentes flores, se desenharam de repente na preciosa imagem da sempre Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, da maneira que está e se guarda hoje em seu templo do Tepeyacac, que se chama Guadalupe.

Logo que a viu o senhor Bispo, ele e todos os que ali estavam, se ajoelharam e muito a admiraram; se levantaram para vê-la, se entristeceram, mostrando que não a contemplaram com o coração e o pensamento.

O senhor Bispo com lágrimas de tristeza orou e lhe pediu perdão de não ter posto em obra sua vontade e seu mandato.

Quando se pôs de pé desatou do pescoço de João Diego, do qual estava atada, a manta em que se desenhou e apareceu a Senhora do Céu.

Logo a levou e foi colocá-la em seu oratório. Um dia mais permaneceu João Diego na casa do Bispo, que ainda lhe deteve.



No dia seguinte lhe disse: "Vai, mostrar-me onde é vontade da Senhora do Céu que lhe erijam seu templo."

Imediatamente convidou a todos para fazê-lo.

Coração DIVINO de Jesus, Providenciai...


Trata-se de uma devoção ensinada por nosso Senhor Jesus Cristo, que se manifestou a uma santa filha da Caridade, a irmã Gabriela Borgarino, falecida em 1º de janeiro de 1949, em Luserma, Itália.

Era uma alma escolhida, impregnada do espírito de São Vicente de Paulo. Nela resplandeciam todas as virtudes, mas em particular uma grande caridade e uma grande humildade, favorecidas pelo próprio Jesus em freqüentes comunicações.

Em 1936, Ele lhe ensinou a seguinte invocação: “PROVIDÊNCIA DIVINA DO CORAÇÃO DE JESUS, PROVIDENCIAI...” E ordenou-lhe repeti-la muitas vezes e ensiná-las às pessoas que a procurassem, o que a irmã fez.

Em 1939, Jesus apareceu à irmã Gabriela, que se achava em oração. Saiu do Santo Tabernáculo e, conforme palavras da vidente, dirigiu-se ao local onde estava ajoelhada.

Quando chegou junto dela, a luz que se irradiava da Pessoa Adorável do Senhor Jesus era tal que ela não O via mais, via somente o braço, tendo na mão um papelzinho escrito: “Coração Divino de Jesus, providenciai...”

Jesus lhe disse: “Escreve em muitos papeizinhos como este a oração jaculatória: ‘Coração Divino de Jesus, providenciai...’, sublinhando a palavra Divino, a fim de que se saiba que isto é de origem divina e não humana. Às pessoas que estiverem de posse desses folhetos bentos e recitarem com muito amor e confiança a oração citada, Eu prometo conceder todas as graças de que estiverem necessitadas, sejam espirituais ou materiais.”

Mais tarde, em uma de suas contínuas comunicações com a irmã Gabriela, Jesus manifestou seu contentamento pela difusão que se fazia desta devoção, e prometeu imprimir Seu Santo Nome no coração das pessoas que, de qualquer maneira, se empenhassem em propagar esta devoção, “como penhor da salvação eterna e defesa contra os assaltos do demônio”.

Na recitação dessa jaculatória, indulgenciada pelo Cardeal M. Fossati, Arcebispo de Turim, nosso Senhor recomenda que tenhamos a intenção de reparar as ofensas que Seu Santo Nome recebe a cada dia, não somente dos pecadores, mas também dos que rezam sem o respeito que Lhe é devido.

Os papeizinhos bentos devem ser trazidos consigo, especialmente pelos doentes, ou então expostos nas casas, em quadros, para que a sua vista, lembre a recitação piedosa da jaculatória e traga bênçãos para a família.

Alem disso, Jesus prometeu o Reino dos Céus às almas que, em estado de graça, recitarem essa invocação em artigo de morte. Disse também que muitas almas se salvarão graças a esta devoção, porque na balança da Misericórdia divina, o Nome Santo de Jesus pesa mais que todos os pecados do mundo.

As numerosas graças que têm sido obtidas até hoje por meio desta devoção provam que Nosso Senhor não falta à sua palavra de vir em auxílio de toda espécie de necessidades: físicas, materiais, mas sobretudo espirituais.

Da revista “Sourire de Marie”

Coração DIVINO de JESUS, Providenciai...



OS NOVE PRIMEIROS SÁBADOS EM HONRA DO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA!

OS NOVE PRIMEIROS SÁBADOS EM HONRA DO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA

As 33 promessas de Jesus e a grande promessa de Maria, Rainha do mundo, reveladas na Hungria



À devoção das nove primeiras sextas-feiras do mês, Jesus acrescentou agora os nove primeiros sábados do Coração de Maria, conforme revelação feita à Ir. Maria Natália, religiosa húngara, sua confidente desde há muitos anos e cujas promessas foram extraídas do livro “Maria, Rainha vitoriosa do mundo”, referente ao poder de Maria como Rainha do mundo, ao seu triunfo e ao Reino de Paz dos Dois Corações, que está à nossa porta.

Palavras textuais da Ir. Natália:

“No dia 15 de agosto de 1942, Jesus comunicou-me, numa visão, diversas promessas em favor daquelas pessoas que fizerem uma novena com zelo. Durante essa visão, o Salvador me conduziu à presença de Sua Mãe Imaculada, a “Rainha do Mundo”, dizendo-me: “Minha filha, eis a sua Mãe, Rainha do mundo e Rainha das rainhas. Ame-a e honre-a como filha, como Eu gostaria que cada um fizesse”. E abrindo-lhe um pouco o manto, mostrou o Coração de Sua Mãe, dizendo: “Como Eu vim ao mundo através do Coração Imaculado de minha Mãe, assim também é através deste mesmo Coração que as almas terão de vir ao Meu Sacratíssimo Coração”. Em seguida, de um modo maravilhoso, tomou Nosso Senhor o Coração de Maria em Sua mão divina e, voltando-se para o mundo, disse-lhe: “Eis o Coração Imaculado do qual fiz a sede da graça para o mundo e para as almas! Este Coração é a fonte segura de minhas graças, que jorram para a vida e a santificação do mundo. Como o Pai Me deu todo o poder no Céu e na terra, Eu estabeleci no Coração Imaculado de Minha Mãe o poder que vencerá o pecado e o mundo. Minha filha, Eu fiz ao mundo inteiro, por intermédio de Margarida [Maria Alacoque], grandes promessas. Mas, sendo infinito na Minha bondade e inesgotável na Minha graça, prometo agora ainda mais. Se as almas desejarem que minhas promessas se cumpram nelas, que amem e venerem o Coração Imaculado de Minha Mãe.

Manifestarão isto, se elas Me receberem na Sagrada Comunhão, após uma preparação repleta de arrependimento, consecutivamente durante nove primeiros sábados do mês, com a intenção, unida ao Coração Imaculado de Minha Mãe, de apresentar atos de expiação ao Meu divino Coração”.

(Oração a ser rezada na Comunhão dos nove primeiros sábados:)

“Divino Coração de Jesus, eu Vos ofereço, pelo Coração Imaculado de Maria, esta Hóstia, em expiação e em reparação de todas as ofensas com que a humanidade não cessa de Vos ultrajar”.

As pessoas que, seguindo as instruções do divino Salvador, tiverem se confessado - confissão individual - para a primeira sexta-feira do mês e se mantiveram em estado de graça, não precisam se confessar novamente para o primeiro sábado do mês - o sábado do Coração de Maria. Mas se o primeiro sábdo do mês coincidir com o primeiro dia do mês, precedendo, pois, a primeira sexta-feira - a sexta feira do Sagrado Coração de Jesus -, torna-se necessária a confissão.

“Perguntei a Jesus se nós não teríamos também de reparar os nossos freqüentes pecados de ingratidão para com a nossa Mãe Celeste e recebi a resposta: “Minha filha, minha querida filha, quem me desagrava, desagrava ao mesmo tempo Minha Mãe: quem me ofende, ofende também Minha Mãe, porque no amor nós dois somo Um”.

As promessas de Jesus para quem fizer os nove primeiros sábados do mês consecutivos em honra do Coração Imaculado de Maria:

1. Tudo o que pedirem ao Meu Coração através do Coração de Minha Mãe, conceder-lhes-ei já durante a novena, desde que seja conforme aos decretos divinos, e que o peçam com confiança.

2. Durante todas as circunstâncias da vida, se beneficiarão da assistência especial de Minha Mãe e de sua bênção.

3. Reinarão a paz, o entendimento e o amor nas suas almas e nas suas famílias.

4. Suas famílias não sofrerão escândalos, nem decepções, nem injustiças.

5. Os esposos não se separarão; os separados voltarão ao lar.

6. As famílias viverão em harmonia e perseverarão na verdadeira fé.

7. As gestantes desfrutarão da proteção especial de Minha Mãe e obterão tudo o que pedirem para si, bem como para seu filho.

8. Os pobres encontrarão morada e alimentação.

9. As almas encontrarão consolo na oração e no sofrimento e aprenderão a amar a Deus, ao próximo e a seu inimigos.

10. Os pecadores se converterão, sem muitas resistências, mesmo se a novena for feita para eles por outra pessoa.

11. Os pecadores não recairão em seus pecados e receberão não somente o perdão de seus pecados, mas ainda a inocência batismal pela contrição perfeita e o amor.

12. Quem fizer esta novena em estado de graça, depois de cumpri-la, não ofenderá mais o Meu Coração por nenhuma falta grave, até a morte ( vale especialmente para as crianças ).

13. A alma que se converter sinceramente, escapará não somente do fogo eterno, mas ainda do fogo do Purgatório.

14. As almas tíbias se tornarão fervorosas e, mantendo-se zelosas, chegarão à mais alta perfeição e à santidade.

15. Se forem os pais ou outro membro da família que fizer a novena, nenhum dos filhos ou membro desta família se condenará.

16. Muitos jovens obterão, com a novena, a vocação sacerdotal ou religiosa.

17. Aqueles que tiverem perdido a fé, reencontrá-la-ão e os desgarrados voltarão à verdadeira Igreja.

18. Os Sacerdotes e os religiosos permanecerão fiéis à sua vocação. Os infiéis receberão a graça do arrependimento e do retorno.

19. Os pais e os superiores serão socorridos em suas necessidades, não somente espirituais, mas também materiais.

20. As almas escaparão facilmente às tentações da carne, às do mundo e de satanás.

21. Os orgulhosos se tornarão, em pouco tempo, humildes e os rancorosos se deixarão vencer pelo amor.

22. As almas zelosas desfrutarão das doçuras da oração e dos sacrifícios; elas não serão perturbadas nem pela inquietação, nem pelo medo, nem pela dúvida.

23. Os moribundos passarão desta vida sem agonia e não terão de lutar nem mesmo contra os últimos assaltos de satanás. Uma morte súbita e imprevista não os surpreenderá.

24. Os agonizantes serão tomados por um vivo desejo de vida eterna, se conformando com a Minha vontade e morrendo nos braços de Minha Mãe.

25. Ao julgamento de Deus, eles se beneficiarão da proteção especial de Minha Mãe.

26. As almas obterão a graça de sentir compaixão e amor, contemplando Minha Paixão e as dores de Minha Mãe.

27. As almas que aspirarem à perfeição terão a honra de receber as principais virtudes de Minha Mãe: humildade, castidade e amor.

28. Uma certa alegria interior e exterior bem como a calma os acompanhará, tanto na doença como na saúde.

29. As almas apaixonadas de espiritualidade receberão a graça de usufruir sem muitas dificuldades da constante presença de Minha Mãe e da Minha.

30. As almas que tiverem progredido na união mística comigo, obterão a graça de perceberem já não serem elas que vivem, mas Eu nelas, isto é, com o coração delas vivo Eu, com a alma delas rezo eu, com a língua delas falo Eu, com o todo ser delas, sou Eu que faço tudo. Elas viverão a maravilhosa experiência de sentir que o que vibra nelas de bom, de belo, de santo, de humilde, de doce, de obediente, de feliz e de prodigioso é, em tudo e sempre, Eu mesmo, o Deus Todo-Poderoso, o Infinito, o único Senhor, o único Amor, o Deus único.

31. As almas que fizerem esta novena resplandecerão durante toda a eternidade como lírios puros em volta do Coração Imaculado de Minha Mãe.

32. Eu, o Divino Cordeiro, em Meu Pai, com o Espírito Santo, Me regozijarei eternamente por causa dessas almas que resplandecerão como lírios sobre o Coração Imaculado de Minha Mãe e que alcançaram a glória através do Meu Sagrado Coração.

33. As almas apaixonadas de espiritualidade progredirão rapidamente na prática da Fé e da vida virtuosa.

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Fonte: http://devocaocatolica.blogspot.com/ (Pe. Nelson Ricardo Cândido dos Santos)

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Dia 08 de Dezembro - Dia da Imaculada Conceição.



O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca.

A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula "Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.

A festa não existia, oficialmente, no calendário da Igreja. Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande doutor em teologia chamado bem-aventurado João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha de pensamento de são Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de Maria como início do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito homem para a redenção da humanidade.

Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo incluída no calendário romano em 1476. Em 1570, foi confirmada e formalizada pelo papa Pio V, na publicação do novo ofício, e, finalmente, no século XVIII, o papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.

Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se, explicitamente, com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada Conceição".

Deus quis preparar ao seu Filho uma digna habitação. No seu projeto de redenção da humanidade, manteve a Mãe de Deus, cheia de graça, ainda no ventre materno. Assim, toda a obra veio da gratuidade de Deus miseriordioso. Foi Deus que concedeu a ela o mérito de participar do seu projeto. Permitiu que nascesse de pais pecadores, mas, por preservação divina, permanecesse incontaminada.

Maria, então, foi concebida sem a mancha do orgulho e do desamor, que é o pecado original. Em vista disso, a Imaculada Conceição foi a primeira a receber a plenitude da bênção de Deus, por mérito do seu Filho, e que se manifestou na morte e na Ressurreição de Cristo, para redenção da humanidade que crê e segue seus ensinamentos.

Hoje, não comemoramos a memória de um santo, mas a solenidade mais elevada, maior e mais preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a rainha de todos os santos, a Mãe de Deus.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O Tempo do Advento!



Advento - O Significado
A palavra "advento" quer dizer "que está para vir". O tempo do Advento é para toda a Igreja, momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse Tempo possui duas características: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. 

Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.

Origem

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha tinha caráter ascético com jejum abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de São Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

Teologia do Advento

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15) . O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos. O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.

A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referencia e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.
Espiritualidade do advento

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, "lutando até o sangue" contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

As Figuras do Advento:

ISAIAS

É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim, os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos.

JOÃO BATISTA

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (conf. Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).

A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta-lo como presença
já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento; por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.

João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profecias do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

MARIA

Não há melhor maneira de se viver o Advento que unindo-se a Maria como mãe, grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus precisou do sim de Maria, hoje, Ele também precisa do nosso sim para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se "preparou" para o nascimento de Jesus, a começar pele renúncia e mudança de seus planos pessoais para sua vida inteira, nós precisamos nos preparar para vivenciar o Seu nascimento em nós mesmos e no mundo, também numa disposição de "Faça-se em mim segundo a sua Palavra" (Lc 1, 38), permitindo uma conversão do nosso modo de pensar, da nossa mentalidade, do nosso modo de viver, agir etc.

Em Maria encontramos se realizando, a expectativa messiânica de todo o Antigo Testamento.

JOSÉ

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".
José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A Celebração do Advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.

As vestes litúrgicas (casula, estola etc) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal com exceção do terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima e se refere a segunda leitura que diz: Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto.(Fl 4, 4).

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser pendurada no prebistério, colocada no canto do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. O círculo sem começo e sem fim simboliza a eternidade; os ramos sempre verdes são sinais de esperança e da vida nova que Cristo trará e que não passa. A fita vermelha que enfeita a coroa representa o amor de Deus que nos envolve e a manifestação do nosso amor que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

Podemos também, em nossas casas, com as nossas famílias, mergulhar no espírito do Advento celebrando-o com a ajuda da coroa do Advento que pode ser colocada ao lado da mesa de refeição.

 Fonte: http://www.encontrocomcristo.org.br/pagina_conteudo.asp?acao=editar&id_nivel=156&id_materia=11620